segunda-feira, 9 de abril de 2012

Odontologia infantil A primeira consulta ao dentista



Pode parecer estranho em um primeiro momento, mas atualmente recomenda-se que a primeira visita ao dentista seja feita no primeiro ano de vida, pois é nesta fase que normalmente chegam os dentinhos e com eles muitas dúvidas quanto aos seus cuidados.
É no primeiro ano de vida que se estabelecem os hábitos de higiene oral, amamentação, alimentação e muitas vezes de sucção de chupetas e dedo que, se em desequilíbrio, poderão levar ao aparecimento de cáries, problemas gengivais e mal-oclusões (mal encaixe entre os dentes e possível desarmonia de língua e lábios). Sim, bebês podem ter cáries, gengivite, e problemas de mordida! Mas tudo isto pode ser prevenido e evitado.
É também entre o primeiro e o segundo ano de vida que se tem uma grande incidência de quedas envolvendo a região bucal, quando a criança começa a dar os primeiros passos, embora sem muita coordenação. E estes acidentes merecem cuidado, frente as variadas seqüelas que se poderá ter nos próprios dentes de leite e nos permanentes (que já se encontram em formação).
Saiba que da saúde dos dentes de leite dependerá a boa formação dos dentes permanentes, a saúde geral da criança (participam da mastigação e deglutição) e o seu o convívio social (influenciam na fala correta e determinam o "sorriso").
A primeira consulta
A primeira visita ao dentista reserva muitas boas surpresas e novidades que normalmente encantam os pequenos pacientes. É dividida em diferentes momentos, que assim como os procedimentos e técnicas que serão comentadas a seguir, irá variar de acordo com a formação do profissional, a necessidade e a idade do paciente.
Após perguntas sobre a saúde geral da criança (chamada "Anamnese Geral"), faz-se uma detalhada conversa com os responsáveis, para que se conheça o risco que a criança tem em desenvolver problemas bucais, e se conheça o pequeno paciente também (chamada "Anamnese Dirigida").
É feita então a apresentação do meio odontológico da forma mais acolhedora possível, visando estimular a curiosidade da criança, sempre com explicações coerentes à sua faixa etária.
O próximo passo é o exame da criança ("Exame Clínico"), uma inspeção visual onde registra-se a situação atual de desenvolvimento da boquinha e procura-se qualquer anormalidade em dentes e gengivas e nas funções relacionadas à face, como sucção, respiração, deglutição, mastigação, fala, etc.
Para a limpeza ("Profilaxia"), poderá ser colocado um corante, chamado "evidenciador de placa bacteriana", que colore apenas as placas bacterianas, para que os pais possam visualizar se a limpeza feita em casa está sendo efetiva, e para que se possa orientá-los a contornar as dificuldades. A limpeza dos dentinhos poderá ser feita com a escovinha giratória e o fio dental, e também poderá ser feita a aplicação de flúor (especial para cada idade).
Existem vários métodos para o atendimento do bebê: ou com o responsável sentado na cadeira odontológica e o bebê no seu colo; ou o bebê sentadinho em uma cadeirinha especial (chamada "macri"); ou o profissional sentado de frente para o responsável, com os joelhos se encostando e formando uma "caminha", onde o bebê fica deitado (chamada técnica "joelho-a-joelho"), entre outras. As crianças a partir de 2 anos e meio (dependendo da maturidade) já se sentam na cadeira odontológica e, entre historinhas e diversão, permitem que se execute os procedimentos já descritos.
Numa consulta de rotina, nenhum procedimento "dói", e os pais devem estar conscientes disto para saber como se posicionar frente aos eventuais "chorinhos", típicos nas crianças de pouca idade. Com o amadurecimento da criança e a repetição destes passos, ela se acostuma e acaba se formando um vínculo afetivo e de confiança, que diferencia esta geração das anteriores, por terem o dentista como um amigo.
Através de variados recursos como livros, bonecos, vídeos, manuais, enfim, tudo o que despertar a atenção da criança, aproveita-se este momento também para ensinar ao pequeno paciente noções sobre os cuidados com sua boquinha. Lembrando, tudo o que foi abordado poderá variar a cada profissional.
Se possível, a primeira consulta deverá ser preventiva

Quanto antes a criança iniciar este contato, mais facilmente irá incorporar hábitos saudáveis em seu dia-a-dia, prevenindo a instalação dos males bucais. O acompanhamento profissional é importante para que a dentição se desenvolva de forma saudável, já que o diagnóstico precoce de qualquer anomalia poderá favorecer o tratamento.
Se possível, não deixe que a primeira consulta se dê em um momento de dor e emergência. É comum os pais "deixarem para depois" a primeira visita ao dentista, que é quando a criança constrói suas primeiras impressões, e serem pegos de surpresa com imprevistos como quedas batendo os dentes, por exemplo. Antes da primeira consulta apenas avise que a criança irá conhecer um amigo que ajudará a cuidar de seus dentes. Deixe o resto por conta do profissional, que certamente saberá lidar com a curiosidade e os medos (se houverem) da criança.

sábado, 7 de abril de 2012

Fique Alerta Para Não Perder Seu Filho

Os pais que já perderam seus filhos, seja por alguns minutos, seja por um longo tempo, sabem o quanto essa situação é angustiante. Se não dá pra tirar o olha das crianças nem um minuto em situações normais, esse cuidado deve ser redobrado em lugares de grande aglomeração como praias, parques e shoppings.
O grande problema é que muitas vezes as crianças são pequenas e não sabem dar informações que ajudem a encontrar seus pais.
A praia é um dos locais de maior ocorrência de crianças perdidas. Uma precaução que os pais podem tomar ao chegar à praia é mostrar para a criança um ponto de referência como um guarda sol diferente ou uma barraquinha. Se mesmo assim ela se perder, os pais devem procurar o Posto de Guarda-Vidas mais próximo e passar os dados da criança perdida.
Nos shopping centers, especialmente nos finais de semana, quando os corredores e lojas ficam lotados, é comum os pais se distraírem e a criança sair de perto sem que eles vejam. A primeira providencia é avisar a administração do shopping, para que repassem a informação para os seguranças do local. A maioria dos centros comerciais possui um sistema de câmeras que pode ajudar a localizar a criança perdida.
No caso de parques, os pais devem procurar um guarda, segurança, ou funcionário que conheça os caminhos ou trilhas que a criança possa ter tomado.
O ideal mesmo é já sair de casa prevenido. As crianças pequenas devem usar pulseiras de identificação com nome e telefone. Lembre-se também que você tem apenas duas mãos e evite sair com muitas crianças. O correto é um adulto para cada duas, no máximo, três crianças. E para evitar dores de cabeça, esteja sempre de mão dada e não desgrude o olho dos pequenos.

Olho no Tempo

Esteja frio ou calor, na hora de passear a pele da criança precisa estar preparada.
Em primeiro lugar, é preciso colocar em prática aquela regrinha de evitar o sol das 10 às 14 horas. Nesse horário, nada de atividades ao ar livre.
Segundo a Dra Roseli Andrade, dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, crianças devem usar filtro solar todos os dias, mesmo no inverno. “O protetor deve ser passado todos os dias, devido a radiação UVA e UVB que ocasiona danos na célula, e este efeito é cumulativo ao longo da vida”.
Olho no tempo
Para crianças, a médica recomenda protetores que contenham menor quantidade de ingredientes, para evitar alergias, e que tenham fator de proteção 30, a quantidade de substâncias ativas é muito maior e o benefício não é proporcional, veja aqui. “A partir do sexto mês o bebê já pode usar filtro para frequentar praia e piscina. Antes disso, não é indicado levar à praia ou piscina, apenas o banho de sol pela manha de 15 a 20 minutos”, explica a Dra. Roseli.
Se a criança for passear ao ar livre durante o horário de pico do sol, o chapéu com aba ou boné pode ajudar a proteger a pele. Mesmo nos locais a céu aberto, sempre tem uma sombrinha por perto, o eu pode ser uma boa solução.
A gestante também deve redobrar os cuidados com a pele durante a exposição ao sol. “É importante hidratar muito a pele  para evitar estrias e filtro solar para evitar manchas comuns da gestação”.

Brinquedos para levar no passeio

Não tem jeito, a primeira coisa que a criança faz quando está saindo para passear é pegar seu brinquedo novo. Criança é assim mesmo, só sai de casa com um brinquedo embaixo do braço.
Brinquedos para levar
Na verdade, esse costume é ensinado pelos próprios pais, que penduram bichinhos e chocalhos no carinho de passeio dos bebês e sempre levam um brinquedinho para distraí-los quando saem de casa.
Na hora do passeio, o brinquedo ideal para os bebês é aquele que, em primeiro lugar, pode ser lavado facilmente. Isso porque os brinquedinhos vivem caindo no chão. Se ele tiver como ficar preso à criança ou ao carrinho, melhor ainda. Um mordedor para a fase em que os dentinhos estão aparecendo é a distração perfeita.
Para as crianças maiores, a escolha do brinquedo vai depender do destino. Para a praia ou piscina, aproveite para usar kits de baldinho e pá, barquinhos que andam na água, pranchinhas ou qualquer outra coisa que possa ficar encharcada.
Se for passear em um lugar onde a criança tenha bastante espaço, tire do armário bicicleta, patinete, pula-pula, carrinhos de controle remoto, velotrol ou outro brinquedo que a criança não consiga brincar dentro de casa. É a oportunidade perfeita.
Se o passeio for em turma e tiver crianças menores no grupo, pense na segurança dos pequenos e escolha um brinquedo que todos possam brincar juntos. Nesse caso, sempre vale lembrar a criança que ela deve dividir seus brinquedos com os amiguinhos para evitar brigas. Para brincar em turma, sugira que seu filho leve corda, peteca, bambolê, amarelinha ou outro jogo que todos possam aproveitar.
Não deixe que a criança leve para a rua brinquedos com peças que se soltam e se espalham, pois há um grande risco de uma parte do brinquedo não voltar para casa. Além disso, se há perigo de se perder ou quebrar, o que vai deixar a criança triste depois, melhor não levar o brinquedo para qualquer lugar.
Outro mico são as pistolas de água, que só devem ser usadas em piscinas e locais a céu aberto. As famosas massinhas de modelar também podem ser um desastre, já que grudam em tapetes e fazem uma grande sujeira. A mesma regrinha vale para canetinhas, pincéis e outros acessórios para colorir e desenhar. Melhor deixá-los em casa.
Há também o brinquedo simbólico, aquele que a criança estabelece uma relação. Pode ser um bichinho, uma bonequinha, um carrinho. Se seu filho quiser levar sempre o mesmo brinquedinho, não se preocupe, isso é saudável e faz parte do desenvolvimento da criança.

Sacola da mamãe


Não tem jeito. Criança quando sai pra passear precisa de um monte de coisas pelo caminho. Resultado: a sacola da mamãe fica abarrotada. Mas, é melhor ser prevenida e ter tudo à mão do que estragar o passeio e ter que voltar pra casa porque não tem uma fralda extra, por exemplo.
Mas não adianta ir jogando dentro da sacola tudo o que vê pela frente. Uma bolsa bem organizada deve ser prática e compacta, apenas com os itens essenciais.
Começando pelos bebês, os itens que não podem ser esquecidos são: mamadeira, se a mãe não amamenta, e chupeta, se a criança usar; um kit com algumas fraldas descartáveis, pomada e lenços umedecidos para trocar a fralda, além de um trocador portátil; uma ou duas mudas de roupas extra, casaquinho e meias, caso o tempo esfrie; um brinquedinho para a criança se distrair no carro; uma ou duas fraldas de pano ou lencinhos para limpar o nariz. Para os bebês maiores, a papinha, colher e babador são indispensáveis, além de uma mamadeira com água ou suco.
As crianças entre um e dois anos, na fase que estão tirando as fraldas, precisam ainda de pelo menos duas ou três calcinhas ou cuecas extra e o mesmo número de roupas extra, dependendo da duração do passeio. Afinal, quando estão se divertindo, dificilmente lembram de parar para fazer xixi, e certamente alguns vão escapar na calça.
Se a criança for ficar exposta ao sol durante o passeio, não esqueça do chapéu e do protetor solar, que deve ser repassado a cada 2 horas.
Para a garotada que já está na fase de andar de bicicleta, patins, skate, quando os tombos são iminentes, é sempre prudente ter na bolsa um pequeno kit com curativos, anti-sépticos, gaze e outros apetrechos para limpar o machucado.
Mesmo as crianças maiores devem escolher um brinquedo para levar durante o passeio, mas certifique-se que ele seja apropriado para o lugar e que não seja um transtorno carregá-lo.
Além disso, não pode faltar na bolsa da mamãe alimentos para a hora do lanchinho. “Até os 6 meses é o aleitamento exclusivo, depois é sempre bom ter frutas, alimentos leves e líquidos na bolsa”, ensina a nutróloga Márcia de Castro Sebastião.
Sacola da mamãe

Hora do Passeio

Vestuário Adequado

Cada tipo de passeio exige uma roupa e calçado diferente. O passeio pode virar um mico pelo simples fato de escolher o modelito errado. Imagine, por exemplo, uma criança andando horas no zoológico durante o verão, de calça jeans, tênis, meia e camiseta escura. Um horror.
Vestuário adequado Portanto, antes de sair de casa, pense no itinerário e escolha a roupa certa.
Tanto bebês quanto crianças mais crescidinhas querem a mesma coisa: conforto para andar, brincar e se mexer. Rendas, babados e calças jeans sem maleabilidade costumam irritar a garotada.
Se o programa for brincar em parquinhos, praças ou clubes, o bom e velho shorts e camiseta são ideais. Para as meninas, o vestido pode ser uma boa opção, contanto que seja de malha ou outro tecido confortável e não muito longo. Os macacões e jardineiras são legais e práticos para meninos e meninas de qualquer idade. Agora, se a criança tiver alguma probabilidade de se molhar durante o passeio, é melhor usar roupas que sequem facilmente ou até mesmo um maiô por baixo da roupa. Nos dias mais frios, calças de moletom e legging caem bem.
A escolha do tecido é super importante. As camisetas de algodão são sempre uma boa idéia para as crianças, pois o tecido permite a pele respirar, já que as crianças estão sempre correndo e suando. Se for brincar no sol, dê preferência aos tecidos com protetor solar. Eles são tratados com produtos que bloqueiam a radiação do sol e protegem a pele da criança.
Os calçados são um capítulo a parte e merecem toda atenção. Em primeiro lugar, devem ter a parte do calcanhar firme para evitar torções e sistema de anti-derrapagem na sola. Se o passeio exige que a criança ande bastante, como no shopping, por exemplo, melhor escolher o calçado mais confortável que tiver no armário para evitar as bolhas e o mal humor da garotada.
Para ir à praia ou piscina, melhor usar modelos de borracha ou invés de plástico, que são mais confortáveis. Não esqueça que os pés precisam respirar. Nos dias quentes, chinelos que prendem o calcanhar, papetes e sandálias de couro vão bem.
É claro que as mamães gostam de ver seus filhos bem produzidos, mas tome cuidado com os acessórios. Evite colocar na criança objetos que possam enganchar em brinquedo. Cachecóis, bijuterias, entre outros, podem contribuir para o estrangulamento e machucados mais sérios.
Uma última dica é sempre levar uma roupa reserva para não estragar o seu passeio.
Independente da idade da criança, imprevistos acontecem, seja o xixi que escapou na calça ou o sorvete que caiu na camiseta. E quando o passeio for longo, podendo se estender até a noite, não se esqueça de levar um casaquinho para os pequenos na bolsa.

O primeiro dentinho

Muitos pais sentem-se perdidos quando nasce o primeiro dentinho da criança, pois acreditam que o bebê está sentindo dor, sofrendo. Para o alívio dos pais, odontologistas garantem que o nascimento dos dentinhos não dói. O que acontece é apenas um incômodo devido à presença daquela novidade na boca da criança.
Nessa fase, a criança tende a levar mais coisas na boca devido a esse incômodo, e por isso muitas vezes essas crianças tem episódios de febre baixa, diarréia ou outros probleminhas. Essas reações do corpo não estão relacionadas ao nascimento do dente, mas sim às coisas que as crianças levam à boca.
Dessa forma, a mãe deve estar vigilante nessa fase impedindo que o bebê queira “morder” tudo o que vê pela frente. O ideal é oferecer para os bebês mordedores esterilizados, ou pelo menos desinfetados, para diminuir a possibilidade de ocorrência desses probleminhas.
Cuidados com os dentinhos
Os dentinhos do bebêHouve um tempo em que ninguém se preocupava com a saúde bucal das crianças, pois havia uma crença forte de que não era preciso tratar os dentes de leite, já que eles iriam cair e os permanentes viriam saudáveis depois. Mas a medicina provou o contrário e hoje se destaca a importância de se tratar da higiene bucal mesmo antes do nascimento dos dentinhos. E para ajudar você a cuidar melhor da saúde dos dentinhos do seu bebê, o Guia do Bebê criou esta seção exclusiva para tratar do assunto. Leia tudo com atenção e esclareça as dúvidas com o dentista do seu bebê. 

Sopa de aveia

AVISOS IMPORTANTES
O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA:
O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais.
Após os 6 (seis) meses de idade continue amamentando seu filho e ofereça novos alimentos.
O Guia do Bebê informa:
Nenhuma receita aqui apresentada substitui o leite materno. Portanto, mesmo oferecendo esses alimentos, aqui sugeridos, ao seu bebê, continue amamentado-o pelo menos até os 2 (dois) anos de idade.
Sopa de aveia
Ingredientes
- 1 cenoura média
- 1 mandioquinha média
- 1 xícara (chá) de caldo de frango
- 1 colher (sobremesa) de margarina
- 1 colher (sobremesa) de cebola picada
- 2 colheres (sopa) de farinha de aveia
- 1 colher (sopa) de salsinha picada
- uma pitada de sal.
Modo de fazer
Cozinhe a cenoura e a mandioquinha em um pouco de água. Amasse os legumes com o garfo e acrescente o caldo de frango, a cebola e o sal. Leve ao fogo baixo e acrescente a aveia, a margarina e a salsinha. Mexa bem até ferver.
Atenção!
Fica a critério do seu pediatra a consistência da papinha que deve ser oferecida ao bebê bem como o seu processamento final. Ou seja, se os alimentos serão passados em peneira, amassadinhos ou em grãos.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Marcos de desenvolvimento: Fala

Escrito para o BabyCenter Brasil

A fala

Seu bebê vai aprender aos poucos a usar palavras para descrever o que vê, ouve, sente e pensa na medida em que completa saltos de desenvolvimento mental, emocional e comportamental. Os pesquisadores agora sabem que, muito antes de um bebê murmurar sua primeira palavra, ele aprende as regras da linguagem e percebe como os adultos a usam para se comunicar.

Quando se desenvolve

As crianças aprendem a falar durante os dois primeiros anos de vida. Seu bebê começará usando a língua, os lábios, o céu da boca e qualquer dente que esteja aparecendo para produzir sons ("os" e "as" no primeiro ou no segundo mês; os murmúrios começam pouco depois).

Logo, esses sons se tornam palavras de verdade (um "mamã" ou um "papá" pode escapar sem querer entre os 4 e os 5 meses, levando lágrimas aos seus olhos -- quem se importa se foi intencional ou não?). A partir daí, seu bebê vai aprender mais palavras com você, com seu parceiro e com quem mais estiver perto dele. Entre 1 e 2 anos, ele começará a formar frases com duas ou três palavras.

Como se desenvolve

O choro do seu filho ao nascer é a primeira incursão que ele faz no mundo da linguagem. Naquele momento, ele expressa o choque de sair do confinamento gostoso do útero e de estar em um lugar desconhecido. A partir de então, vai absorvendo os sons, os tons e as palavras que moldarão a forma com que ele vai falar.

A fala está ligada de forma direta à audição. Quando ouve as outras pessoas conversarem, o bebê aprende os sons das palavras e como as frases são estruturadas. De fato, muitos pesquisadores acreditam que o trabalho de compreender a linguagem começa enquanto o bebê está no útero.

Assim como antes de nascer o bebê se acostuma ao compasso dos batimentos do seu coração, ele entra em sintonia com o som da sua voz. Dias após o nascimento, é capaz de discernir a sua voz das dos demais.

De 1 a 3 meses
A primeira forma de comunicação do seu filho é o choro. Um grito agudo pode significar fome, enquanto choramingos curtos e repetidos podem assinalar a necessidade de trocar a fralda. Depois de algum tempo, o pai e a mãe aprendem a reconhecer os diferentes tipos de choro, para atender melhor às necessidades da criança. Dá para distinguir o choro de cólica do choro de fome, por exemplo.

À medida que o bebê cresce, vai desenvolvendo um repertório delicioso de gorgolejos, suspiros e arrulhos, tornando-se uma minifábrica de som. Sobre a capacidade de entender a linguagem, os linguistas dizem que os bebês de até 4 semanas são capazes de fazer a distinção entre sílabas similares, como "ma" e "na".

Quatro meses
Neste ponto, seu filho vai começar a balbuciar, combinando consoantes e vogais (como "dadá" ou "babá". Os primeiros "mama/ã" e "papá" podem escapar aqui e ali, e embora certamente façam você e seu companheiro se derreterem todos, não significam que o bebê já relacione direito as palavras a vocês. Isso vem depois, quando ele estiver com quase um ano.

As tentativas dele de falar vão parecer um jorro de monólogos em outra língua qualquer, infindáveis torrentes de palavras. A vocalização é uma brincadeira para a criança, que faz experiências usando a língua, os dentes, o céu da boca e as cordas vocais para produzir todo tipo de sons engraçados. Ela se diverte quando descobre que é ela quem faz tudo aquilo, fica estimulada a repeti-los e a procurar novos barulhos.

Nesse estágio, os balbucios têm os mesmos sons, não importa se a família do bebê fale português, inglês, francês ou japonês em casa. É possível perceber uma preferência da criança por determinados sons ("ca", "da" ou "auá", por exemplo), repetidos por ele sem cessar porque ele gosta do jeito como soam e da sensação na boca que eles produzem quando são pronunciados.

De 6 a 9 meses
Quando a criança balbucia e emite sons, eles até parecem fazer algum sentido. Isso ocorre porque ela passa a usar tons e padrões similares aos que você usa. Estimule o seu bebê a balbuciar lendo para ele, cantando e conversando.

De 1 ano a 1 ano e 5 meses
Ele usa uma ou mais palavras e sabe o que elas significam. Pratica até mesmo a inflexão, elevando o tom ao fazer uma pergunta, como "co-lo?", quando quiser ser carregado, por exemplo. A criança percebe a importância da fala e o enorme poder que representa o fato de ser capaz de expressar suas necessidades.

De 1 ano e meio a 2 anos
O vocabulário pode incluir até 200 palavras, muitas delas nomes. Entre 1 ano e meio e 1 ano e 8 meses, as crianças aprendem uma média de dez ou mais palavras por dia. Algumas aprendem palavras novas a cada 90 minutos, uma média impressionante. Cuidado, portanto, com o que diz na frente do seu filho! Ele vai também juntar duas palavras, formando frases básicas como "É meu" (bem típica do comportamento possessivo dessa fase!).

Aos 2 anos, usará frases com três palavras e cantará canções simples. O senso de identidade dele vai amadurecer e ele começará a falar sobre si -- do que gosta e do que não gosta, o que pensa e sente. Os pronomes podem confundi-lo e é possível que você o pegue dizendo "nenê fez", em vez de "eu fiz".

De 2 a 3 anos
A criança terá um pouco de dificuldade para empregar o volume apropriado para falar, mas logo aprenderá. Também começará a desvendar os macetes dos pronomes, como "eu" e "você". Entre 2 e 3 anos, seu vocabulário aumentará para até 300 palavras. Ela usará nomes e verbos juntos para formar frases completas, embora simples, como "Eu quero agora".

Quando fizer 3 anos, seu filho usará a fala com mais sofisticação. Será capaz de manter uma conversa e ajustar o tom, os padrões de fala e o vocabulário ao parceiro da conversação. Usará, por exemplo, palavras mais simples com outras crianças, mas será mais sofisticado com você. É possível que você já entenda tudo o que ele diz.

A maioria das crianças nessa idade é fluente ao dizer o nome e a idade, e responde prontamente a uma pergunta. Nesse estágio, você pode corrigir eventuais palavras ou concordâncias simples ditas pela criança, de preferência repetindo a frase ou palavra do modo correto, sem advertir seu filho por ter falado "errado".

O que vem pela frente

À medida que seu filho cresce, ele fica mais tagarela. Você mal vai se lembrar da época em que ele não falava e vai se divertir ouvindo sobre os trabalhos que ele fez na escola, sobre o que a amiguinha Sabrina comeu no almoço, o que ele acha da madrasta da Cinderela e qualquer outra coisa que ocupe a mente dele. Ele também começará a lidar com a habilidade mais complexa da escrita.

O que você pode fazer

É simples: converse com seu filho. Pesquisas mostraram que crianças cujos pais falavam bastante com elas na primeira infância tinham um QI significativamente maior que o das outras crianças. O vocabulário delas também se mostrou mais rico que o de crianças que não receberam muito estímulo verbal. Você pode começar já na gravidez, de forma que o bebê se acostume com o som da sua voz, o que já pode ir estimulando conexões no cérebro dele.

Leia um livro em voz alta ou cante para o bebê enquanto estiver no banho. Tudo bem, é possível que você se sinta estranha fazendo isso. Se for o seu caso, não precisa ficar culpada, ele já ouvirá bastante a sua voz quando você falar com outras pessoas.

Quando o bebê nascer, converse enquanto estiver trocando a fralda, dando de mamar ou dando banho, e dê um tempo para que ele responda com um sorriso ou olhando nos seus olhos. Um bom jeito de começar é simplesmente descrever o que você está fazendo: "Agora a mamãe vai colocar você na água quentinha (e assim por diante)". Por volta dos 5 meses, você poderá perceber que ele presta atenção aos movimentos da sua boca. Continue falando e em breve ele começará a tentar conversar também.

É impossível não usar um certo "tatibitate" ao falar com o bebê, e ele tem lá sua função afetiva, mas procure usar também frases reais, no mesmo tom de voz e com o mesmo vocabulário que usaria com um adulto. Seu filho só aprenderá a falar se você ensiná-la a fazer isso. Não há motivo para evitar o uso de palavras complicadas. Embora talvez precise simplificar a forma como fala para que seu filho compreenda o que você quer dizer, a melhor maneira de ele aumentar o vocabulário é escutando você usando novas palavras.

Ler é uma ótima forma de ajudar a desenvolver as habilidades de linguagem do seu filho. Os bebês vão adorar o som da sua voz, as crianças maiorzinhas vão aproveitar as histórias e mais tarde podem até mesmo interrompê-las para dizer o que está acontecendo ou dar algum palpite.

Quando se preocupar

Bebês com problemas de audição param de balbuciar por volta dos 6 meses. Se o seu não emite nenhum som (nem mesmo tenta fazê-lo) nem olha nos seus olhos, consulte seu médico. Embora algumas crianças comecem a formar palavras com 9 meses, muitas vão fazer isso só depois do primeiro aniversário, até 1 ano e 3 meses.

Se o seu filho ainda não fala nenhuma palavra com essa idade, ou você ainda não consegue entender nenhuma palavra do que ele diz, converse sobre o assunto com o pediatra. Só ele poderá fazer uma avaliação individualizada, de acordo com as características do seu filho.

Se até os 3 anos seu filho continuar a comer consoantes (dizendo "asa" para "casa", por exemplo) ou a substituir um som ou uma sílaba por outra (dizendo "papato" em vez de "sapato", por exemplo), vale a pena conversar com o pediatra, que, dependendo do caso, pode recomendar uma avaliação fonoaudiológica.

O profissional da área poderá orientá-la para fazer exercícios em casa ou indicar uma terapia. Às vezes pequenas atitudes, como chamar a atenção para o som errado repetindo a palavra corretamente, já são suficientes para obter bons resultados. Se seu filho disser: "Qué pô o papato", você pode responder: "Ah, você quer pôr o sapato?"

Todas as crianças pequenas gaguejam de vez em quando. Pode ser que estejam aceleradas demais pela vontade de contar o que se passa por sua cabeça que não consigam escolher as palavras certas na hora. A velocidade do raciocínio acaba sendo maior do que a mecânica da fala. Deixe a criança terminar a frase sozinha, sem interrompê-la para ajudar. Apesar de sua intenção ser das melhores, a interrupção poderá soar como um desestímulo.

A maioria das gagueiras é transitória, e muitas vezes aparece num momento de ansiedade, como perto do aniversário, do início das aulas ou da chegada de um irmãozinho.

Uma gagueira persistente, no entanto, deve ser avaliada por um profissional fonoaudiólogo. A criança em geral faz mais progressos se for avaliada entre 6 e 12 meses após se notar pela primeira vez a gagueira, independentemente da idade. Você também pode pedir ao pediatra a indicação de um especialista.